Pesquisar este blog

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina

Vou contar aqui sobre minhas andanças na área educacional, sobre o que eu quero aprender, sobre meus conhecimentos, sobre o que eu gosto e sobre as minhas expectativas.
Lacalendola


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

EPSITEMOLOGIA GENÉTICA PIAGETIANA

EPSITEMOLOGIA GENÉTICA PIAGETIANA OU
ESTUDO DA ORIGEM DO CONHECIMENTO DE PIAGET





Piaget nasceu na Suíça, em Neuchatel, no ano de 1896. Sua teoria (epistemologia genética) é classificada interacionista, por considerar o processo de aquisição do conhecimento resultados das diversas interações do sujeito com o objeto de seu meio no qual está inserido. Porém não dissocia a maturação, desenvolvimento biológico do sujeito, que dá sustentação para essas interações.
O propósito de Piaget é compreender como a criança constrói o conhecimento, o que colaborou  para desenvolverem propostas de ensino mais adequadas conforme os níveis de desenvolvimento da criança.
Segundo Piaget o desenvolvimento possui quatro diferenciados estágios:

Sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.

Estágio Sensório-motor (0 a 2 anos) – é caracterizado pela inteligência prática, centrada na percepção e no motor.
Nessa fase a criança gosta de realizar movimentos repetitivos, como jogar objetos ao chão, com intuito de observar sua queda.
No final dessa fase, quase aos dois anos, a criança começa a desenvolver noções de tempo, espaço e causalidade.

Estágio Pré-operatório- (2 a 7 anos) – é marcado pelo desenvolvimento da oralidade e a função simbólica do pensamento. Nesta fase surge a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação – função simbólica .Também é caracterizado pelo egocentrismo, fator decorrente da falta de conhecimento do outro, dificuldades de reconhecer que outro sente igual ele, por isso não reconhece o ponto de vista de outra pessoa.
As pesquisas quanto à conservação de quantidades (massa/ fichas), demonstram que para crianças com idade de 5/7 anos, o fato de quatro fichas apresentarem-se juntas e quatro fichas apresentarem-se espalhadas apresentam quantidades diferentes, simplesmente pela disposição / configuração dessas fichas (pensamento pré-operatório/perceptivo/ irreversível).
Ex :
OOOO
O  O  O  O
Diante dessa apresentação, a criança irá dizer que a segunda sequência de círculos têm mais quantidades.

Estágio operatório concreto- ( 7 a 12 anos) - a criança agora será capaz de classificar objetos de acordo com forma e tamanho. Ela também desenvolverá habilidades nas operações matemáticas que diferenciam maior, menor, crescente e decrescente, ou seja, progride na capacidade de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Porém, nesse estágio as atividades deverão ser trabalhadas a partir do concreto.



Estágio operatório formal- (12 anos em diante) - nesse estágio a criança vai se distanciando do concreto e desenvolvendo hipóteses, deduções, lógica, com capacidades de distinguir diferentes pontos de vista e construir conceitos.As estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico.
É o momento que se acentua os juízos morais, solidariedade, amizade, ética, respeito, cidadania, conceitos políticos e amor.

Piaget considerava que as categorias de conhecimento não são estáticas, podem mudar durante o ciclo de desenvolvimento, o que significa que as idades não são fixas. 



Entre professores.

O ano letivo começou e junto com ele o planejamento.






quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Resumo para o concurso de Guarulhos - Professor Professor de ensino fundamental - Ética e Competência de Terezinha Azerêdo Rios

 Resumo com algumas análises da obra Ética e Competência de Terezinha Azerêdo Rios. 




A educação, no sentido amplo, está definida como processo de transmissão de cultura, está presente em todas as instituições, ou seja, escolas.
Escola é o espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado pela sociedade, com o objetivo de formar indivíduos, capacitando-os a participar como agentes na construção dessa sociedade”.
Educação -  transmissão de cultura.

Escola – espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado.

Cultura- o mundo transformado pelos homens.
A ação dos homens em sociedade é uma ação de caráter político, que onde o poder é um elemento presente como constituinte do social. A ideia de política esta associada ao poder, e a medida que a organização da vida material determina a organização das ideias e relações de poder. É preciso refletir sobre os objetivos específicos da educação, para distinguirmos da prática política, mas vemos esta prática na ação educativa.
A função da educação tem uma dimensão técnica e política. O pedagogo realiza a dimensão política na prática educativa, preparando o cidadão para a vida na polis, transmitindo saber acumulado e levando a novos saberes; tecnicamente significa dizer, que a criação de conteúdos e técnicas que possam garantir a apreensão do saber pelos sujeitos e a atuação no sentido da descoberta e da invenção.
Ou seja, a Educação tem a dimensão técnica e política.
Técnica- no sentido dos conteúdos a serem selecionados.
Político- como esses conteúdos serão abordados?
 Qual sentido social atribuído a ele?
A serviço de quais interesses eles estão presentes?
Conteúdos e técnicas são selecionados, transmitidos e transformados em função de determinados interesses existentes na sociedade. O papel político da educação se revela na medida em que se cumpre as perspectivas de determinado interesse, está sempre servindo as forças que lutam para perpetuar e / ou transformar a sociedade. A escola da sociedade capitalista não tem caráter democrático, socializando o saber e recurso para apreendê-lo e transformá-lo, porque ela tem estado a serviço da classe dominante, veiculando a ideologia dessa classe.
A ética na Educação, se revela na reflexão sobre os valores atribuídos na práxis do professor, considerando o papel político ao analisar o fenômeno educativo na sua totalidade.

Competência – a dimensão ética na relação das técnicas com a política.
O sentido político da prática docente se realiza pela mediação da competência técnica. Fazer bem é ir de encontro daquilo que é desejável, está vinculado às aspectos técnicos e políticos da atuação do educador. A ética é a mediação, pois defini a organização do saber que será vinculado na instituição escolas e na direção que será dada a esse saber na sociedade. A qualidade da educação tem sido prejudicada por educadores preocupados em fazer o bem, sem questionar criticamente sua ação.
Compreende-se que a Educação possui a dimensão técnica e política, que são dialeticamente relacionadas, porém nada é neutro nessa perspectiva, é essencial que os educadores percebam o sentido político a eles atribuídos, para pensar em sua prática cotidiana.
Competência é igual a saber fazer bem, que tem dupla dimensão técnica, a do saber e do fazer bem”.
Para fazer bem, é preciso ter domínio dos conteúdos, estabelecer articulação das técnicas e estratégias. Portanto, para isso o caminho é a ética.
Ética
Núcleo    reflexão da relação técnica e política    competência.
O maior problema que se enfrenta no que diz respeito as dimensões técnica e política da competência do educador, é a desarticulação na realidade. O saber fazer técnico constitui condições necessária porque é a base do querer político, ainda que a dimensão política da tarefa docente não seja percebida como tal.
Com respeito à relação existente dentre moral e política, se percebe que os educadores não têm clareza da dimensão política de seu trabalho. Ao interpretarem política como envolvimento partidário, ou mesmo sindical, alguns até negam que tenham algo a ver com isso. Não podem se recusar a admitir a presença da moralidade em sua ação. Essa moralidade aparece de forma extremada – o moralismo.
A idéia de responsabilidade que se encontra articulada com a de liberdade, conceito que representa o eixo central da reflexão ética está ligada à noção de compromisso político e moral. Os professores não têm clareza quanto a implicação política de seu comprometimento, veem como parte de uma essência do educador. As mulheres educadoras dão-se ênfase a afetividade. Ao desconhecimento na presença político na ação educativa e ético, aparece misturado com o sentimento e essa mistura contribui para reforçar o espontaneísmo e para manter as falhas da instituição escolar.
O sentido político da prática docente se realiza pela mediação da competência técnica. Fazer bem é ir de encontro daquilo que é desejável, está vinculado aos aspectos técnicos e políticos da atuação do educador. A ética é a mediação, pois defini a organização do saber que será vinculado na instituição escolar e na direção que será dada a esse saber na sociedade.
A qualidade da educação tem sido prejudicada por educadores preocupados em fazer o bem, sem questionar criticamente sua ação. O maior problema que se enfrenta no que diz respeito as dimensões técnica e política da competência do educador, é a desarticulação na realidade. O saber fazer técnico constitui condições necessária porque é a base do querer político, ainda que a dimensão política da tarefa docente não seja percebida como tal.
A ética da competência pode ajudar-nos a desvelar elementos da ideologia que permeia nossa educação. Não há como afastar a subjetividade que está presente na valorização, na intencionalidade que se confere a prática social.
Ao lado do saber que se identifica com o domínio dos conteúdos e das técnicas para a transmissão temos o saber que sabe, a consciência de percepção da realidade crítica e reflexiva.
A visão crítica é um primeiro passo a ter um compromisso político. Depois a vontade e a intencionalidade do gesto do educador.
A necessidade presente no contexto socioeconômico é o primeiro motor de ação do educador, a vontade de articular a consciência é essencial a prática político moral do educador a liberdade responsável. O educador deve associar a coletividade rompendo com a idéia dominante do pensamento burguês que é a de individualismo.
“A dimensão técnica carrega a ética, onde a ética é a mediação da técnica e da política expressando a escolha técnica e política dos conteúdos, dos métodos, dos sistemas de avaliação e os desvendando-os.
Técnica, ética, política são referências que devemos descobrir na nossa vivência real em nossa prática”.
A visão do professor e de educação é de mediar a ação mediadora. A relação professor-aluno. Educador-educando, é a aquisição do conhecimento, onde ambos são sujeitos conhecedores. O professor estabelece o diálogo do aluno com o real. O objeto, que é o mundo é apreendido, compreendido e alterado, numa relação que é fundamental – a relação aluno-mundo. O professor é quem especifica a mediação do saber entre o aluno e a cultura e a realidade.
A ideia de projeto e a de utopia está ligada à ideia de esperança, movimento, que é alimentada pela ação do homem. A organização de projetos utópicos é uma forma de se enfrentar as crises.

            Cada momento histórico apresenta aos homens um desafio. A crise ética em nossa sociedade contemporânea é o grande desafio da competência. A crise moral é o desafio a ética, porque significa uma indiferença diante de valores.













sábado, 18 de janeiro de 2020

Concurso de Guarulhos - O SISTEMA DE NUMERAÇÃO: UM PROBLEMA DIDÁTICO Délia Lerner e Patícia Sadovsky






Olá,meus colegas. 
Fiquei um tempo sem realizar postagens, mas este ano de 2020, pretendo voltar com tudo. 
Inicialmente irei realizar algumas postagens de resumos e resenhas da bibliografia do concurso de Guarulhos para professor PEB I . 
Segue abaixo alguns slides sobre a obra de Délia Lerner, "O Sistema de Numeração: um problema didático". 
Desejo a todos bons estudos e até a próxima. 






RESUMO
  
Como e por que se iniciou a pesquisa que é o objeto de destas páginas.
  
O intuito da pesquisa é compreender o mistério da escrita numérica, o empréstimo e os agrupamentos.
O método construtivista na matemática revela como as crianças se aproximam e realizam seus próprios conceitos.
Esse trabalho foi realizado com o foco de novas didáticas escolares, por meio de análises e entrevistas clínicas, colocados a provas.


História dos Conhecimentos que as crianças elaboram a respeito da numeração escrita

As primeiras experiências das crianças a respeito da numeração escrita ocorrem em seu dia-a-dia, quando os pais comentam dos preços, quando algum parente olha o calendário para verificar datas, aniversários, contam pessoas de uma fila, verificam número de um calçado, de uma roupa, informam o número de uma casa, do telefone, pois constantemente recorremos aos números, para se informar, verificar, comparar, contar, sequenciar e etc.
Todas essas experiências levam as crianças construírem seus próprios critérios numéricos, muitas vezes não lineares.
Os dados coletados no presente estudo irão descrever os percursos das crianças no processo de construção do sistema de numeração.


Quantidade de algarismos e magnitude do número ou “Este é maior, você não está vendo que tem mais números?”

Nesta parte é possível verificar a partir das entrevistas realizadas que as crianças estabelecem uma hipótese que o número maior é aquele que contém mais algarismos, que sobressai o valor absoluto do número.
Ou seja, mesmo 1111, que são números baixos é maior que 999, as crianças explicam mil cento e onze tem mais algarismos que novecentos e noventa e nove, mesmo este contendo somente números altos.


A posição dos algarismos como critério de comparação ou o primeiro que manda
Durante o processo de compreensão da escrita numérica, mesmo antes de apropriar dos conceitos de unidades, dezenas, centenas e outros, as crianças compreendem que é o “primeiro que manda” e quando os dois primeiros são iguais, ai sim verificam o segundo.
Porém, quando passam a compreender o valor posicional como as dezenas e unidades, ficam ainda mais claro o porquê o primeiro que manda e passam apropriar-se do conceito.


Alguns números especiais: o papel do “nós”

As crianças não compreendem o sistema de escrita numérica a partir da sequencia, e sim dos “nós”, dezenas, centenas, unidades de mil para depois aprender o que ficam entre eles.
A criança aprende mais facilmente 10,100, 1000, porém se pedir para que escreva cento e quarenta ela poderá não saber, mesmo sabendo fazer outros números mais “altos”.
No livro é exposto um exemplo, foi solicitado que a criança escrevesse alguns números e acriança escreve 200, e fala que este número é cento e dois. Na sequência escreve 300, e fala que é cento e três. Para escrever quatrocentos escreve 104.
No entanto a mesma criança, quando solicitada que escrevesse mil escreve 1000 corretamente.


O papel da numeração falada

Relacionam a escrita numérica com a numeração falada, desenvolvendo uma hipótese totalmente correspondente.
Observem alguns exemplos descritos por Délia Lerner :
Para escrever mil quinhentos e trinta e seis foi escrito:
1000  500 36
Para oito mil quinhentos e trinta e quatro:
8  1000 500 34 depois, 8 1000 534
Para mil cento e cinco:
1000 100 5
Para dois mil:
2 1000
Algumas crianças, de acordo com os conhecimentos já estabelecidos já escrevem convencionalmente para dezenas , ou além, como centenas, veja o ex:
Para cento e vinte quatro:
10024- escreve convencionalmente a dezena.
Para mil duzentos e trinta e dois:
1000232- escreve convencionalmente a centena e dezena.


Em outro exemplo a autora descreve a dificuldade da correspondência da numeração falada para a escrita, em caso que a criança relata cem mil ser menor que mil e cem, quando a entrevistadora pergunta por que, a criança relata que o mil é maior que cem, por isso é maior.
No entanto, quando tentam escrever surge um conflito, por que já estabeleceram também a noção de quantidade a partir de números de algarismos.
Fica evidente alguns erros causados a partir dessa hipótese, pois, a numeração escrita não é transferível a falada.

Do conflito à notação convencional. 

Então a criança elabora um conflito, por um lado corresponde a numeração escrita pela falada e por outro sabe que a grandeza do número é determinada pela quantidade de algarismos.
Muitas vezes, na escrever não aceitam ao se contradizem, pois se perguntarem oralmente se oito mil é maior que sete mil e cem, as crianças poderão responder que sim,  mas, quando escrevem não aceitam pois escrevem 7000100 e 8000, então sete mil e cem tem mais algarismos,  então  se possui mais algarismos o número é maior.
Quando passam para a escrita, começam a se conscientizar, então procuram resolver o conflito estabelecido.
Esse juízo provoca a diminuição dos zeros, e conscientiza a quantidade de algarismos por classe, três para centena, dois para dezenas e quatro para milhares assim por diante.
Essa progressão não ocorre de uma hora para outra, em primeiro lugar tem que acontecer a escrita para que aconteça esse conflito e insatisfação com o que vê (escrito) e seus conceitos construídos. Esses questionamentos provocarão novas tentativas até que evoluam na escrita.
Então começam a elaborar estratégias que atendam a quantidade correta de algarismo de acordo com a classe, dezena, centena e milhares, mesmo quando estão recheados.

Relações entre o que as crianças sabem e a organização posicional do sistema do sistema de numeração

A criança sabe o que socialmente transferível para ela, ela sabe que um algarismo vale menos que um que possui dois, depois, constrói o conceito do “primeiro quem manda”, porém as crianças não sabem o verdadeiro valor posicional, regente da nossa numeração escrita, o que nos diferencia de algumas culturas.
As propriedades, valores numéricos são os mesmos universalmente, porém a forma de representa-los que são diferentes.
A autora cita um exemplo, em todos os lugares do mundo dez vale mais que oito, no entanto, as formas de representa-los é que muda, suas especificações, códigos e se é posicional ou não.
Isso nós remete a refletirmos o que é realmente necessário trabalharmos durante o processo inicial da escrita numérica com as crianças.
Pois é um sistema complexo, que para sua economia multiplica sua base por dez, como descrito, um sistema nada transparente, porém, econômico.


Questionamento do enfoque usualmente adotado para o sistema de numeração
Essa parte questiona o enfoque exaustivo, metódico, que as escolas assumem para ensinar o sistema de numeração, que minimizam as capacidades e os conhecimentos prévios das crianças a cerca do sistema de numeração.
Negando as crianças dos anos iniciais do ensino fundamental o contato com os chamados números “grandes”. A  sistematização, que rigorosamente estabelece uma sequencia didática, sem que os professores procurem saber o que realmente os alunos sabem sobre o sistema de numeração escrita.
Pois, as crianças quando iniciam nas escolas não conhecem apenas números com apenas um algarismos, depois dois, depois são colocadas em situações que as levem somar, subtrair, dividir e multiplicar, essas ocorrências acontecem sem a menor linearidade em sua vida social.

Mostrando a vida numérica da aula

Se formos considerarmos a verdadeira reflexão a cerca dos números, será necessário trabalharmos com diferentes intervalos da sequência numérica e também orientar sobre o autocontrole como, para dezenas dois números, para centenas três números, demonstrando a composições dos “nós”.
 A autora descreve a necessidade de aceitar a provisoriedade dos conceitos elaborados pelos alunos, pois assim será possível avançar com complexidade no processo de construção do conhecimento.

O sistema de numeração na aula

Não será suficiente disponibilizar a sequência numérica, mas proporcionar situações que promovam a compreensão desta sequência e suas propriedades.
Operar, ordenar, produzir, interpretar constituíra as situações didáticas, assim dividindo por duas categorias, uma composta por situações de ordem e a outras operações aritméticas.

Situações didáticas vinculadas à relação de ordem

Algumas situações a ordem será o objetivo, em outras serão estratégias das situações.

´  Uma proposta: comparar números

´  A professora coloca as crianças em grupos, pede para que façam pacotes de balas com determinadas quantidades diferentes, disponibiliza valores diferentes para que de acordo com a quantidade de balas eles comparem os valores para emprega-los. 
´  A situação irá propiciar a argumentações, estratégias, reformulações de conceitos, lógica, ordem e a comparações, quanto maior o pacote de bala maior o preço.
´  Durante a atividades os alunos  realizam autocorreções, reafirmações diante dos argumentos dos colegas ou a defesa de seus próprios critérios. Até as crianças que não demonstram suas opiniões, também refletem durante as comparações expostas pelo grupo.
´  Em seguida, são sugeridas algumas atividades que possibilitam a construção através de comparações, como:
´  Ordenação de idades;
´   ordem de chegada;
´   comparações de alturas e;
´   ordem de prioridades de alguma notícia.
´  Como indispensável o conhecimento para o desenvolvimento de diversas atividades é necessário inferir atividades centradas nos números.
´   Formar com três algarismos, já determinados, todos os números possíveis com dois e três algarismos e ordena-los. Desta forma poderão formar 36 números diferentes.
´   Informar um número com dois algarismos, orientar para coloque mais um, especificado, e peça para que ele ordene da forma que deixe o números da maneira que o número fique o mais alto possível.
´   Efetuar perguntas específicas como: ”por que é o primeiro que manda?
´   por quê é maior o número que tem mais algarismos que outro?
´   Dessa forma o professor estimulará a reflexão dos critérios dos alunos, uns dos outros.
A proposta é produzir ou interpretar – a ordem é um recurso

É primordial trabalhar com números que façam parte do uso social das crianças, “preços, idades, datas, medidas” entre outros, para que compreendam e atuem em diversos contextos, o que não descaracteriza as atividades “fora” de contexto, paramentes cognitivas, pois os números que surgem nas atividades contextualizadas são os mesmos das não contextualizadas.
Situações de produção e interpretação: “ formar listas de preços, fazer notas fiscais, inventariar mercadoria, fabricar fichas de atendimento, identificar preços de produtos desejados, consultar ofertas” e etc.
Situações de interpretação: “valor de notas, valor de faturas, ler data de vencimento, preencher cheques” e etc.
Complementar essas atividades didaticamente, com certa continuidade desenvolvendo projetos, simulando ações de compradores, vendedores e caixas.
A relação da ordem é uma ferramenta muito importante para que a criança produza e interprete. Assim, para ela se apropriar da ordem é necessário estimular que compartilhem seus conhecimentos umas com as outras.
Quando uma criança está lendo ou escrevendo a sequência numérica e na mudança de dezenas se negue a continuar, dizendo que não sabe, o professor deve orienta-lo a utilizar o material de apoio e verifique a sequência, ou, escreva os ”nós” das dezenas para que ela assimile  a composição dos intervalos.
É muito importante que as crianças tenham disponível como recurso a sequência, pois ela irá criar suas próprias estratégias em determinado momento.
Atividades incidentais podem fazer parte, como:“procurar o número da casa de alguém, procurar a página da atividade, contar objetos de coleções, números de fãs de programas, de artistas, realizar votações” e outras.

A busca de regularidades

Para que estabeleçam as regularidades é fundamental que o professor além de ordenar os números, enfatizem as “leis como dezes possuem dois algarismos, cens possuem três algarismos, depois do nove vem o zero e o outro número passa ao seguinte”.
Para estimular essas regularidades é primordial que o professor formule perguntas, que eles possam e tenham propriedades para responder, que possam compreender as questões.
Essas questões são justamente para identificar as regularidades construídas pelas crianças acerca do sistema da escrita numérica.
São exemplificadas algumas propostas que favorecem o estabelecimento de algumas regularidades:
- Descubram em que não se assemelham os números que estão entre e o quarenta.
- Localizem todos os números de dois algarismos terminados em nove, notem qual é o seguinte de cada um deles e pensem em que se assemelham.
-Localizem na fita métrica números que estão entre o cem e o cento e cinquenta, há algum que tenha zero.
- Verifique alguma sequência no calendário ou então na régua e etc.

Situações centradas nas operações aritméticas
O objetivo é que a criança resolva uma situação e não uma conta isolada, estimulando a produção de procedimentos, elaborando em uma relação recíproca de um lado os procedimentos e do outro as propriedades das operações, proporcionando o avanço em suas construções da organização decimal.

Resolvendo operações e confrontando procedimentos

Neste momento os autores mostram diversos exemplos das crianças resolvendo algumas operações em que os professores pediram para que os alunos explicassem como chegaram àquele resultado.
Este estudo mostrou estratégias reveladoras, mesmo para fazer contas com o objetivo de somar as crianças realizam primeiro uma decomposição.
Veja um exemplo:
-Para resolver o problema no qual precisa somar trinta e nove e vinte e cinco, observe:
30+20= 50
50+9= 59
59+5=64

É possível notar diante todas as observações, que propor que as crianças demonstrem a forma de como resolvem as operações é um passo muito importante, pois promove uma tomada de consciência auxiliando a construção do conhecimento próprio e dos colegas.
Outro fator importante é possibilitar o reconhecimento por parte do professor, para que ele possa auxiliar os progressos desses alunos.
Refletindo acerca das operações e descobrindo “leis” do sistema de numeração


Foi possível observar muitos conhecimentos implícitos das crianças, observa-los e refletirmos sobre eles. A partir desta análise compreender que essas informações possibilitam práticas mais competentes e aprendizagens significativas, relacionando com o mundo fora da escola, pois compreendem como os alunos constroem as suas hipóteses e conhecimentos matemáticos, ampliando e adequando as atividades propostas pelos professores de acordo com o desenvolvimento apresentado pelos alunos. Favorecendo uma prática consciente dos processos percorridos pelos alunos durante apropriação dos conhecimentos iniciais da matemática.













quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Os Quatro Pilares da Educação




















Agora, aprofunde seus conhecimentos com o relatório da UNESCO, segue o link abaixo: 

http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Afasia/ Dislexia/ Disacusia/ Apraxia/ Disfasia




Dica rápida para educadores e pais de plantão



AFASIA- Deterioração da função da linguagem. Dificuldades em nomear pessoas e objetos.
O tratamento da afasia é realizado através de estimulação da linguagem e é estruturado especificamente para cada caso.

O acompanhamento por parte de um psicólogo, psicopedagogo e de um neurologista, entre outros técnicos e terapeutas é essencial para melhoras significativas.




DISLEXIA- Dificuldade de leitura, escrita e soletração.

Essa avaliação deverá ser realizada por uma equipe multidisciplinar para o desenvolvimento do diagnóstico, contando com pedagogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e neurologistas.

O tratamento é desenvolvido com fonoaudiólogos e psicopedagogos visando minimizar os sintomas


DISACUSIA- Alteração na qualidade sonora da audição.
É essencial identificar a causa o diagnóstico é realizado por exames laboratoriais específicos. Somente o médico otorrinolaringologista é capaz de diagnosticar e tratar esta doença.


APRAXIA- É uma desordem na transmissão motora, no controle de programação da fala e da automaticidade articulatória para uma produção voluntária.
O tratamento será realizado com terapeutas e fonoaudiólogos com o objetivo de ajudar a minimizar os sintomas.





DISFASIA- Dificuldade em se comunicar: falar, ouvir, escrever e fazer contas, mas a inteligência é normal.

O tratamento é baseado em orientações familiares, intervenção social e fonoterápica, além de acompanhamento psicopedagógico ou psicológico de acordo com as necessidades específicas.




segunda-feira, 4 de agosto de 2014

DISLEXIA




Dislexia- distúrbio da aprendizagem caracterizada como dificuldades de leitura e escrita


     Venho por meio deste, atentar pais e educadores referentes à algumas informações de senso comum sobre as causas e diagnóstico de dislexia.

     Essa avaliação deverá ser realizada por uma equipe multidisciplinar para o desenvolvimento do diagnóstico, caso contrário procure outros profissionais.

     Atualmente nos defrontamos com alunos rotulados como disléxicos, sem nunca ter realizado uma avaliação com os profissionais competentes para tal avaliação. Alunos passam a aceitar e apropriar-se desse distúrbio, em decorrência de alguns sintomas que ocorrem no processo de alfabetização de muitas crianças “normais”, que não possuem nenhum distúrbio apenas passam por um processo normal composto por etapas graduais durante a aquisição da linguagem escrita.

     Alguns exemplos de sintomas de dislexia que também fazem parte do desenvolvimento da leitura e escrita de muitas crianças:

-Dificuldades em reconhecer as letras e fonemas;

-Falta de consciência fonológica;

-Erros ortográficos;

-Demora na construção de frases;

-Dificuldades em seguir ordens longas;

-Escrita espelhada;

-Omissão ou acréscimo de letras;

-Dificuldades em soletrar;

-Dificuldades no entendimento de textos;

-Falta de concentração;

-Leitura lenta e pouco fluente;

     Estes fatores realmente são sintomas de crianças disléxicas, porém, essas ocorrências também podem fazer parte do processo de alfabetização de qualquer criança de forma passageira sem que seja caracterizada como uma criança disléxica.

     Então, mesmo que seu filho ou aluno apresente essas características de forma permanente, será necessário que a criança seja submetida à análise de psicopedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos para diferenciar se ela tem dificuldades pontuais ou é disléxica.

     Mesmo quando pais e parentes alegam ser um fator hereditário, que já apresentam esse quadro na família, ainda assim será necessária a avaliação multidisciplinar, pois os fatores ambientais e hábitos familiares que não favorecem a alfabetização ou o mundo letrado poderão ser confundidos com fatores biológicos.




Fiquem atentos e conte sempre com a avaliação multidisciplinar!!



                                                     Luana Valentim Lacalendola