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"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina

Vou contar aqui sobre minhas andanças na área educacional, sobre o que eu quero aprender, sobre meus conhecimentos, sobre o que eu gosto e sobre as minhas expectativas.
Lacalendola


sábado, 24 de novembro de 2012

Disfluência infantil, conhecida como gagueira do desenvolvimento.




Pais e Educadores atenção!


Durante o desenvolvimento da linguagem (fala) da criança nos primeiros anos de vida, pode acontecer algumas irregularidades o que levam aos pais se apavorarem e alguns professores diagnosticarem como gagueira.


Essas interrupções na fala acontecem normalmente entre 2 a 5 anos, porque é a faixa etária que ocorre o processo da aquisição da narrativa da criança.


A chamada gagueira acontece durante a narrativa, pausas excessivas, hesitações e quebras no seu discurso. Porém o que os pais e alguns educadores não sabem, é que essas interrupções no ritmo da fala são recursos à organização ou reorganização do discurso considerado normal.


É importante saber que a criança além de aprender a falar as palavras, ela está aprendendo a construir suas narrativas, organizando seus pensamentos e essas as pausas visam a criação de espaços de tempos para a organização do discurso.


A simplista constatação do ato de gaguejar não deve ser um sinalizador de um quadro patológico.


Até mesmo, porque, essas interrupções nessa faixa etária são consideradas como uma disfluência ou gagueira do desenvolvimento.


No entanto os pais e educadores dessas crianças devem tomar alguns cuidados como:


· Não corrigir as crianças quando houver hesitações.


· Não demonstrar ansiedade em relação à narrativa da criança.


· Não terminar a frase para ela.


Resumindo, não tratar a criança como gaga, pois a gagueira é um problema resultante da imagem construída de si mesmo como mau falante, o que ocorre devido as manifestações negativas por parte dos adultos no ato de gaguejar da criança.


Quando isso ocorre à criança pode desenvolver movimentos corporais desbloqueadores, que no inicio ajudam na fala mais depois não resolvem mais, eles são denominados como cacoetes.


As crianças recorrem aos movimentos corporais para não decepcionarem os adultos que as permeiam.


Nesses casos procure um profissional, como um fonoaudiólogo para acompanhar o caso.





Luana V. Lacalendola






Referências






Berberian, Ana Paula; Bergamo, Alexandre. Psicogênese das Linguagens Oral e Escrita:Letramento e Inclusão- Curitiba PR: IESDE Brasil, 2009.









quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Figuras facilitadoras de comunicação com crianças deficientes.

Esses materiais expostos, auxiliam na comunicação de crianças com diversas deficiências, tanto crianças mudas, surdas ou com deficiência intelectual.
Os materiais de apoio podem ser utilizados por educadores, terapeutas ou familiares. 
É essencial estabelecer uma comunicação, independente da deficiência da criança, pois é através dela, que o desenvolvimento se estabelece efetivamente.
Enfatizando a comunicação vinculada com uma rotina. 
Procure estabelecer horários para as atividades cotidianas, isso ajudará a criança desenvolver funcionalidade, segurança e autonomia.
A funcionalidade no sentido de ensinar habilidades que funcionem na vida prática, no presente e futuro.
Segurança em saber quais atividades serão desenvolvidas.
Autonomia de desenvolver alguns procedimentos sem ajuda de um adulto.










Figuras disponibilizadas no curso oferecido pela APAE.
Texto elaborado pela autora do blog.

Dica:
Basta, baixar essas imagens na internet e fazer suas figuras de auxílio à  comunicação.
     
                                                                      Luana V. Lacalendola.

sábado, 10 de novembro de 2012

Conteúdos para OFA 2013.Programa Bolsa Alfabetização.



Você sabe o que é “Programa Bolsa Alfabetização”?


O Programa Bolsa Alfabetização foi criado pelo Decreto 51.627 de 1º de março de 2007, introduzindo, em caráter de colaboração, a participação de alunos das Instituições de Ensino Superior na prática pedagógica de sala de aula, junto aos professores da rede pública estadual. Essa vivência propicia não só a oportunidade ímpar de conhecer a realidade escolar, como também a possibilidade de concatenar a teoria acadêmica com a prática.


Os estudantes dos cursos de Letras e Pedagogia – batizados com o nome de alunos pesquisadores (AP) – passam a apoiar os professores nas salas de aula do 2º ano do ciclo I ou em classes do mesmo ciclo, voltados para a recuperação da aprendizagem, na complexa ação pedagógica de garantir a obtenção das competências de leitura e de escrita por todos os alunos.


Nesse processo, a prioridade dos APs em sala de aula é trabalhar com crianças que têm mais conhecimentos em leitura e escrita, fazendo intervenções de modo que, junto com o professor titular, todos, na classe, possam avançar. A concepção que orienta tanto a atuação de um, quanto a do outro, é a do Ler e Escrever, programa estreitamente vinculado ao Bolsa Alfabetização.


Além da rotina cotidiana, o AP, como o próprio nome diz, faz uma pesquisa de natureza didática na sala de aula em que está atuando, para acompanhar o avanço dos alunos na leitura e na escrita. Orientado pelo respectivo professor orientador (PO) da Instituição de Ensino Superior onde estuda, ele observa e registra as atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, aprofundando esses procedimentos com estudos sobre os temas desenvolvidos. Essa investigação feita pelos alunos em sala de aula conta com a supervisão da Profª Delia Lerner, docente da Universidade de Buenos Aires.


O Programa Bolsa Alfabetização foi estruturado com o propósito de discutir, junto às instituições formadoras, problemas relacionados à didática de alfabetização, que trazem questões vivas e candentes da prática educativa em sala de aula, para que se constituam conteúdos da formação inicial dos professores.


São objetivos do Programa:


a) aprimorar a formação inicial dos estudantes dos cursos de Pedagogia e de Letras, possibilitando-lhes atuar como docentes da rede pública de ensino, tendo conhecimento de tal realidade;


b) favorecer o acesso à leitura e à escrita a todos os alunos do 2º ano ou de classes do mesmo ciclo, voltadas à recuperação da aprendizagem;


c) comprometer as IES com a causa do ensino público.


Ano a ano o Programa vem ampliando a parceria com as instituições de ensino superior de todo o Estado, e isso representa mais alunos pesquisadores em franca atuação, participando diretamente na aprendizagem dos alunos da rede.


Referencial

Site da Secretaria da Educação do Estado São Paulo. http://lereescrever.fde.sp.gov.br/SysPublic/InternaBolsaAlfabetizacao.aspx?alkfjlklkjaslkA=270&manudjsns=1&tpMat=0&FiltroDeNoticias=3



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Novos estudos para facilitar o processo simplificado dos professores do Estado de SP.(OFA 2013)


 OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO


Aprender a conhecer-  Despertar a sede do conhecimento, construir seu próprio pensamento, desta forma  aprender a aprender, compreendendo o mundo que nos rodeia.
Aprender a fazer- Saber colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos.
Aprender a conviver- Desenvolver habilidades de trabalhar em equipe e perceber o outro como a si mesmo. Promovendo o espírito solidário.
Aprender a ser- Educação contribuindo para o desenvolvimento  total da pessoa, considerando todas as suas instâncias como ser humano.


Vejam esse vídeo, é muito interessante:











    

terça-feira, 6 de novembro de 2012

NOVOS RESUMOS PARA O PROCESSO SIMPLIFICADO DOS PROFESSORES. (OFA 2013)


ALARCÃO, ISABEL
PROFESSORES REFLEXIVOS  EM UMA ESCOLA REFLEXIVA.
SÃO PAULO: CORTEZ, 2003.


 Alunos, professores e a Face à sociedade da informação

“A sociedade da informação como sociedade aberta global exige competência de acesso, avaliação e gestão da informação oferecida”.
 As competências devem ser adquirida ou reconhecidas  e desenvolvidas na escola, uma delas é a questão  das diferenças existentes ao acesso à informação.
Depois de resolvido o problema do acesso, permanece o desenvolvimento da capacidade de discernir entre a informação válida e invalida. Deve-se desenvolver a competência para organizar o pensamento e a ação em função da informação, para termos uma pessoa preparada para viver na sociedade da informação.

QUESTÕES


1)    O que Mônica Abranches quer dizer com descentralização?

A autora quer dizer sobre a transferência do poder federal e estadual para o município, ou seja aproximação das decisões ou autonomia local emanado na coletividade, mais próximos dos cidadãos.

2) O que Pacheco (1995) diz a respeito da crise do ensino público?

Pacheco (1995) diz que a crise do ensino deve-se a atuação do Estado, sistema desarticulado e gigante.

3) O que é administração colegiada? (Mônica Abranches)

 Administração colegiada é a participação da comunidade na escola (administração).


4) O que Isabel Alarcão, comenta após a resolução da falta de acesso de informações?

Se trata da questão de discernir entre informações validas e não validas, ou seja, é necessário desenvolver competência para organizar o pensamento e a ação em função da informação.

5) Isabel Alarcão descreve que a era da informação é caracterizada pelo que?

É caracterizada por uma sociedade repleta de informações e sinais contraditórios.

6) Qual a principal competência exigida pela sociedade da informação, segundo Isabel Alarcão?
A competência e capacidade de saber o que procurar, distinguir o que é relevante e irrelevante, sério ou fraudulento, reter apenas o que é importante.

7) Qual o desafio do professor na sociedade da aprendizagem? (Isabel Alarcão)

Ajudar desenvolver futuros cidadãos a capacidade de trabalho autônomo e colaborativo, espírito crítico por meio de diálogos, confronto de ideias e prática, capacidade de ouvir a si próprio (refletir) e se autocriticar. .

8) Em que se baseia a noção do professor reflexivo segundo Isabel Alarcão?

Baseia-se na capacidade de pensamento e reflexão, que caracteriza o ser humano como criativo e não mero reprodutor de ideias e práticas.

9) Como formar professores reflexivos pra uma escola reflexiva? (Isabel Alarcão)

A capacidade reflexiva é inata no ser humano, necessita de um contexto que favoreça seu desenvolvimento, como: liberdade, respeito, expressão e o diálogo próprio, com os outros e com as situações.

!0) Explique o que é narrativa e casos, sua relação segundo a autora Isabel Alarcão?

Os casos são narrativas, elaboradas com o objeto: darem visibilidade ao conhecimento. Pois narrativas ricas nos registros dos fatos, mas também do contexto físico, social e emocional.



COLL, César e outros. O CONSTRUTIVISMO NA SALA DE AULA .São Paulo: Ática, 2006.


  1. Os professores e a concepção construtivista (Isabel Solé e César Coll)

O construtivismo não é uma teoria, e sim uma referência explicativa, composta por diversas contribuições teóricas, que auxiliam os professores nas tomadas de decisões durante o planejamento, aplicação e avaliação do ensino.
Não é uma receita, um manual que deve ser seguido à risca sem se levar em conta as necessidades de cada situação particular.
Devem utilizá-lo como auxílio na reflexão sobre a prática, ou seja, uma referência explicativa. Considerando-se o contexto em que os agentes educativos estão inseridos.
Essas afirmações demonstram a necessidade de se compreender os conteúdos da aprendizagem como produtos sociais e culturais, o professor como agente mediador entre indivíduo e sociedade, e o aluno como aprendiz social.
A instituição escolar é identificada pelo seu caráter social e socializador. É por meio da escola que os seres humanos entram em contato com uma cultura determinada.
 A concepção construtivista compreende um espaço importante a construção do conhecimento individual e interação social.
Aprender não é copiar ou reproduzir, mas elaborar uma representação pessoal da realidade a partir de experimentações e conhecimentos prévios.
Aprender não é apenas acumular conhecimento, mas construir significados próprios a partir do relacionamento entre a experiência pessoal e a realidade.
A pré-existência de conteúdos confere peculiaridade à construção  do conhecimento.A atribuição de significados pessoal aos conteúdos concretos, produzidos culturalmente.
O trabalho do professor  baseado no construtivismo, em que oferece uma  concepção útil à tomada de decisões compartilhadas, trabalho em equipe na construção de projetos didáticos e rotinas de trabalho.       
O construtivismo não é um referencial acabado, fechado a novas contribuições, sua construção acontece no âmbito da situação de ensino-aprendizagem e a ela deve servir.


Disponibilidade para aprendizagem e sentido da aprendizagem (Isabel Sole)

A aprendizagem é motivada por um interesse, uma necessidade de saber. Mas o que determina esse interesse, essa necessidade?
Um bom caminho a seguir é compreender que além dos aspectos cognitivos, a aprendizagem envolve aspectos afetivo-relacionais. Ao construir os significados pessoais sobre a realidade, constrói-se também o conceito que se tem de você mesmo (autoconceito) é a estima que se professa (autoestima) características relacionadas ao equilíbrio pessoal. O autoconceito e a autoestima influenciam a forma como o aluno constrói sua relação com os outros e com o conhecimento, reconhecer essa dimensão afetivo-relacional é imprescindível ao processo educativo.
E necessário compreender a maneira como os alunos encaram a tarefa de estudar, que pode ser dividida em dois enfoques: o enfoque profundo e o enfoque superficial. No enfoque profundo o aluno se interessa por compreender o significado do que estuda e relaciona os conteúdos aos conhecimentos prévios e experiências. Já no enfoque superficial, a intenção do aluno se limita a realizar tarefas de forma satisfatória, limitando-se ao que o professor considera como relevante, uma resposta desejável e não real compreensão do conteúdo.
Outro ponto importante a ser ressaltado é que o professor, ao entrar  em uma sala de aula, carrega consigo certa visão de mundo e imagem de si mesmo, que influenciam seu trabalho e sua relação com os alunos. Da mesma forma, os alunos constroem representações sobre seus professores. Reconhecer esses aspectos afetivos e relacionais é fundamental para motivação e interesse pela construção de conhecimento.
As interações, no processo de construção de conhecimento, devem ser caracterizadas pelo respeito mútuo e o sentimento de confiança, é a partir dessas interações, das relações que se estabelecem no contexto escolar, que as pessoas se educam. Levar isto em consideração é compreender o papel essencial dos aspectos afetivo-relacionais no processo de construção pessoal do conhecimento sobre a realidade.


Um ponto de partida para a aprendizagem de novos conteúdos: os conteúdos prévios (Mariana Miras)

Quando se inicia um processo educativo, as mentes dos alunos não estão vazias de conteúdos como lousas em branco. Ao contrário, quando chegam à sala de aula os alunos já possuem conhecimentos prévios advindos da experiência pessoal. Na concepção construtivista é a partir desses conhecimentos que o aluno constrói e reconstrói novos significados.
 Os conhecimentos prévios podem ser compreendidos como esquemas de conhecimento, ou seja, a representação que cada pessoa possui sobre a realidade. É importante ressaltar que esses esquemas de conhecimento são sempre visões parciais e particulares da realidade, determinadas pelo contexto e experiências de cada pessoa. Os esquemas de conhecimento contêm, ainda, diferentes tipos de conhecimentos, que podem ser, por exemplo, de ordem conceitual (saber coletivo de lobos é alcateia), normativa (saber que não se deve roubar ), procedimental (saber como se planta uma árvore).
Para o ensino coerente, é preciso considerar o estado inicial do aluno, seus conhecimentos prévios e esquemas de conhecimentos construídos. Esse deve ser o início do processo educativo: conhecer o que se tem para que possa, sobre essa base, construir o novo.


O que faz com que o aluno e a aluna aprendam os conteúdos escolares? A natureza ativa e construtiva do conhecimento ( Teresa Mauri)

Entre as concepções de ensino e aprendizagem sustentadas pelos professores, destacam-se três, cada uma considerando que aprender é:
1) Conhecer as respostas  corretas: Nessa concepção entende-se que aprender significa responder satisfatoriamente as perguntas formuladas pelos professores. Reforçam-se positivamente as respostas corretas, sancionando-as. Os alunos são considerados receptores passivos dos reforços dispensados pelos professores.
2) Adquirir os conhecimentos relevantes : Nessa concepção, entende-se que o aluno aprende quando aprende informações necessárias. A principal atividade do professor é possuir essas informações e oferecer múltiplas situações (explicações, leituras, vídeos, conferências, visitas a museus) nas quais os alunos possam processar essas informações. O conhecimento é produto da cópia e não processo de significação pessoal.
3) Construir conhecimentos: Os conteúdos escolares são aprendidos a partir do processo de construção pessoal do mesmo. O centro do processo educativo é o aluno, considerado como ser ativo que aprende aprender. Auxiliar a construção dessa competência é o papel do professor.
A primeira concepção citada acima está ligada  as concepções tradicionais.
Compreendendo-se que aprender é construir conhecimentos, identifica-se a natureza ativa dessa construção  e a necessidade de conteúdos ligados ao ato de aprender conceitos, procedimentos e atitudes. Nesse sentido, é preciso organizar e planejar intencionalmente as atividades didáticas tendo em vista os conteúdos das diferentes dimensões do saber: procedimental (como a observação das plantas); conceitual (tipos e partes das plantas); e atitudinal (de curiosidade, rigor, formalidade, entre outras). O trabalho com esses conteúdos demonstra a atividade complexa que caracteriza o processo educativo, trabalho que demanda o envolvimento coletivo na escola.

Ensinar: criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir ( Javier Onrubia )

O ensino na concepção construtivista deve ser entendido como uma ajuda ao processo de ensino-aprendizagem, deve ser apenas uma ajuda no sentido de gerar conflitos com seus conhecimentos prévios, e não substituir a atividade construtiva do conhecimento pelo aluno.
A análise aprofundada do ensino enquanto ajuda leva ao conceito de “ajuda ajustada” e de zona de desenvolvimento proximal (ZDP).
Enquanto ajuda o processo de construção do conhecimento, deve ajustar-se a esse processo de construção.  Conjuga duas grandes características: 1) a de levar em conta os esquemas de conhecimento dos alunos, seus conhecimentos prévios em relação aos conteúdos a trabalhados; 2) e, ao mesmo tempo, propor desafios que levem os alunos a questionarem esses conhecimentos prévios. Não se ignora aquilo que os alunos já sabem, porém aponta-se para aquilo que não conhecem, incrementando a capacidade de compreensão e atuação autônoma dos alunos.
O conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP) foi proposto pelo psicólogo soviético L. S. Vygotsky, partindo do entendimento de que as interações e relações com outras pessoas são a origem dos processos de aprendizagem e desenvolvimento humano. ZDP pode ser identificada como espaço no qual com a ajuda dos outros, uma pessoa realiza tarefas que não seria capaz de fazer individualmente.
-           Para o trabalho com os conceitos acima arrolados, indicam-se os seguintes pontos: 1) Inserir atividades significativas na aula; 2) Possibilitar a participação de todos os alunos nas diferentes atividades, mesmo que os níveis de competência, conhecimento e interesse forem diferenciados; 3) Trabalhar com as relações afetivas e emocionais; 4) Introduzir modificações e ajustes ao longo das realizações das atividades; 5) Promover a utilização e aprofundamento autônomo dos conhecimentos que estão aprendendo; 6) Estabelecer relações entre novos conteúdos e os conhecimentos prévios dos alunos; 7) Utilizar linguagem clara e objetiva evitando mal entendidos ou incompreensões; 8) Recontextualizar e reconceituar a experiência. 


Os enfoques didáticos ( Antoni Zabala)


A concepção construtivista considera a complexidade e as distintas variáveis que intervêm nos processos de ensino na escola. Por isso, não receita formas determinadas de ensino.
Um método educacional sustenta-se a partir da função social que atribui ao ensino e em determinadas idéias sobre como as aprendizagens se produzem. Nesse sentido, a análise das tarefas que propõem ou trabalham os conteúdos, explicita ou implicitamente (currículo oculto), requer que a compreensão do determinante ideológico que embasam as práticas dos professores.
A análise dos conteúdos trabalhados segundo a natureza conceitual, procedimental ou atitudinal, mostra-se como importante instrumento de entendimento que acontece na sala de aula.
Outro instrumento importante para a compreensão do processo educativo é a concepção construtivista de aprendizagem, que estabelece a aprendizagem como uma construção pessoal que o aluno realiza com ajuda de outras pessoas(ZPD), processo que necessita da contribuição da pessoa que aprende, implicando o interesse, disponibilidade, conhecimentos prévios e experiência, implica também a figura do outro que auxilia na resolução do conflito entre os novos saberes e o que já sabia, tendo em vista a realização autônoma da atividade de aprender-aprender.
O problema metodológico para o fazer educativo não se encontra no âmbito do “ como fazemos” mas antes, na compreensão do “que fazemos” e “por quê”.


A avaliação da aprendizagem no currículo escola: uma perspectiva construtivista ( César Coll e Elena Martin)  

Primeira questão a ser mencinada é a relação entre avaliação e uma série de decisões relacionadas a ela, como promoção, atribuição de crédito e formatura dos alunos. Essas decisões não fazem parte, em sentido escrito, do processo de avaliação, porém essas decisões devem ser coerentes com as avaliações realizadas.
 O desafio é alcançar a máxima de coerência entre os processos avaliativos e as decisões a serem tomadas.
Todo processo avaliativo deve levar em conta os elementos afetivos e relacionais da avaliação. O planejamento das atividades avaliativas inicia se do entendimento que o aluno atribui ao sentido da atividade, sentido que depende da forma como a avaliação lhe é representada e também de suas experiências e significações pessoais da realidade.
As práticas avaliativas privilegiadas devem ser aquelas que consideram a dinâmica dos processos de construção de conhecimentos.
A concepção construtivista ressalta a necessidade de considerar as variáveis proporcionadas pelos diversos contextos particulares. Para isso, recomenda-se a utilização de uma gama maior possível de atividades de avaliação ao longo do processo avaliativo.
Na medida em que aprender a aprender significa a capacidade para adquirir, de forma autônoma, novos conhecimentos, avaliar os aspectos instrumentais, é de suma importância a qualidade da educação.
Dessa forma “o quê”, “como” e “quando” ensinar e avaliar se unem configurando uma prática educativa global, na qual as atividades avaliativas não estão separadas das demais atividades de construção de conhecimento pelos alunos.


QUESTÕES

1)Segundo Isabel Sole e César Coll, a concepção construtivista compreende um espaço importante. Qual é esse espaço?

            Um espaço importante é à construção do conhecimento individual e interação social, aprender não é copiar ou reproduzir, mas elaborar uma representação pessoal da realidade a partir de experimentações e conhecimentos prévios.

2) Pensando especificamente no trabalho do professor segundo  a concepção construtivista comentada por Isabel Sole e César Coll?

O construtivismo é uma concepção ou uma referência útil à tomada de decisões compartilhada, que pressupõe o trabalho em equipe na construção de projetos didáticos e rotinas de trabalho.

3) Segundo Isabel Sole, qual é um bom caminho a seguir para compreender quais aspectos no sentido (interesse) do aprendizado?

            Um bom caminho a seguir é compreender que além dos aspectos cognitivos, a aprendizagem envolvem aspectos afetivo-relacionais. Ao construir os significados pessoais sobre a realidade, constrói-se também o conceito que você tem de você mesmo (autoconceito). 

4) Explique o que significa enfoque profundo e enfoque superficial, segundo Isabel Sole?

            Enfoque profundo, o aluno se interessa por compreender o significado do que estuda e relaciona os conteúdos aos conhecimentos prévios e experiências. Já no enfoque superficial, a intenção do aluno  limita-se a realizar tarefas de forma satisfatória, limita-se ao que o professor considera como relevante, uma resposta desejável e não a real compreensão do conteúdo.

5) O que deve ser caracterizado na interação no processo de construção de conhecimento, segundo Isabel Sole ?

Devem ser caracterizado pelo respeito mútuo e o sentimento de confiança. É a partir dessas interações, das relações que se estabelecem no contexto escolar que as pessoas se educam. Considerar esses fatores é compreender o papel essencial dos aspectos afetivo-relacionais.


6) Segundo a concepção construtivista, qual é o ponto de partida para a aprendizagem? ( Mariana Miras)

Para um ensino coerente, é preciso considerar o estado inicial dos alunos, seus conhecimentos prévios e esquemas de conhecimento (conceitual, normativa e procedimental ) já construídos. Esse deve ser o inicio do processo educativo: conhecer o que se tem para que se possa, sobre essa base construir o novo.

7) Que tipo de conceito, procedimento e atitudes são necessários na natureza ativa, compreendendo que aprender é construir conhecimentos? ( Teresa Mauri)

Nesse sentido é necessário organizar e planejar intencionalmente as atividades didáticas tendo em vista os conteúdos das diferentes dimensões do saber: procedimental (como a observação das plantas), conceitual ( tipos e partes das plantas) e atitudinal ( de curiosidade, rigor, formalidade, entre outras).

8) O que significa ZPD? ( Javier Orunbia). Foi proposto por quem? Qual o seu entendimento?

-Significa zona de desenvolvimento proximal.
-Pelo psicólogo soviético Vygotsky.
-Parte do entendimento, que a relação com os outros auxilia no desenvolvimento do conhecimento, ou seja, as pessoas são capazes de realizar tarefas a partir da interação, relação com os outros, que não conseguiriam sozinhas.

9) O que requer a compreensão do determinante ideológico que embasam as práticas dos professores? ( Antoni Zabala)

Um método educacional sustenta-se a partir da função social que atribui ao ensino e em determinadas ideias sobre como as aprendizagens se produzem. Nesse sentido, a análise das tarefas que propõem conteúdos trabalhados, explicita ou implicitamente ( currículo oculto), que embasam as práticas dos professores.

10) O que a concepção construtivista ressalta em relação a avaliação? (César Coll e Elena Martin)

 Ressalta a necessidade de considerar variáveis, proporcionadas pelos diversos contextos particulares. Para isso recomenda-se a utilização de uma maior gama possível de atividades de avaliação ao longo do processo educativo.



                                                                              
 Questões elaboradas a partir dos resumos dos textos acima.
                                                                              
Referencias descritos nos tópicos.